terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Praga é jóia, peste!!!!

A Primavera de Praga foi o que foi em 1968, envolta num ambiente de busca de liberdades. A primavera em Praga, dizem ser linda! Mas esses dias por lá foram “simplesmente” muito bacanas, “simplesmente”lindos de tempo fechado e pouco sol, “simplesmente” quentes de emoções pessoais afetivas. Tudo muito simples, tudo muito legal!!

Chegamos, Luísa e eu, com a temperatura a -11º, segundona, pouco depois do almoço, ficaríamos até a próxima sexta-feira. Como a intenção aqui é ser bem curto, é o seguinte. A cidade em uma arquitetura muito lindinha na parte vellha, tem a turma do chocolate quente (que falado em curitibano fica bem engraçado), que as vezes não são os mesmos do vinho quente, as panquecas de batata que podem acompanhar os mesmos vendedores dali de trás…
Mas o grande barato prá mim foi voltar a comer salsicha com pão e mostarda de luva, por causa do frio, tomar uma cerveja louca de forte de 24º GL chamada Primator, nocauteadora! Essa cerveja é uma delícia de corpo e sabor na boca, pela força daria prá tomar naqueles copinhos de shot, ou num copo tipo vinho do porto. O vinho branco, companheiro de sempre num bar todo pequenino, perto da Casa da Música, com um papo à toa com um canadense engraçado, também caiu muito bem. Acho que essas foram as experiências gastronómicas mais fortes de sorrisos que tive por lá, mas…..
Ver, ouvir na sala do Rudolfinum, a Filamônica Checa tocando o Pássaro de Fogo, daquele senhor narigudo e competente, Igor Stravinsky, foi de matar de bom!!!!! Chegamos meio em cima da hora, deu tempo prá uma taça de champagne, por sorte o Pássaro era só na segunda parte, e no intervalo ainda rolaram mais dois copitos.
Quando começou o concerto ficar completemente absurdado com as cordas, “simplesmente” magníficas, como conjunto, de cores, os sopros não ficavam atrás, mas as cordas…E esse foi o melhor prato dos últimos tempos, como seria bom comer algo com tanto sabor, tão rico, tão único e `tão tão, entende?` Comida tem cor, tem movimento, tem ritmo, tem sons; e definitivamente, prá mim, que só compreendo um pouco melhor música, das manifestações artísticas, música tem sabor, tem cheiro, tem o ponto de cozedura, tem os molhos todos que envolvem aquelas combinações de ingredientes tão pequenos que são as notas (que poderiam ser as `notas` dos vinhos). Esse Stravinsky de quinta passada, foi a mistura mais bem misturada do sanduba de mortadela e rúcola do Maia Box, da manga do primeiro ano da escola, da salada de língua da Dona Cármen, de jaca madura, da surpresa de ir voltando a sentir coisas “simplesmente” boas, de novo.

2 comentários:

Anónimo disse...

que marivavilha essa viagem! parbéns pelo texto, está ótimo!

Gisele Naconaski disse...

o texto está ótemo, mas o título virou a cereja!!
tá tudo ótemo!!
beijooo