Uns dois meses atrás estive viajando e me dei conta de como tem um lado muito bom de se viver em Portugal, no âmbito do cuidado com a tradição na comida em várias situações.
Tentei comer um goulash em Budapeste e tenho que confessar que foi difícil, tinha restaurantes de tudo quanto é tipo de comida, não muitos, no geral, como aqui, mas uma turma considerável. Mas eu não estava com vontade de comer sushi em Budapeste, nem comida italiana ou tailandesa em salas despojadas e moderninhas. Queria um goulash na altura do strudell de maçã que comi num dos mercados dela, que foi a experiência comível mais saborosa. Aliás, um apfelstrudel mais gostoso do que provei em Viena.
Outro pequeno acidente foi comer um borrego num bistrô em Paris com minha namorada e uma amiga que vive lá. Um rapaz super novinho nos atendendo, o Cedric, ambiente muito agradável, vinho branco no copo, boa conversa depois de dois anos sem ver a Cris… e vem o bendito Borrego, putz sem sal!!! Eu cozinho, tu cozinhas e ele cozinha, comida em restaurante `típico`sem sal é de matar!!
Como diz um amigo novo, “quando voltávamos de viagem à Portugal parávamos em algum lugar no alentejo e comiamos uma açorda prá desintoxicar”. Não sei quanto tempo depois de estar aqui, voltando dessa última viagem fui a um português típico, mas a coisa boa é que lugares como o Cantinho do Bem Estar, Casa da Índia chovem em Lisboa, que é uma coisa louca de boa. Em especial o Casa da Índia, acho que tem o melhor arroz malandro de miolo de vieiras da face do universo, nda mais acompanhando umas pitingas fritas.
Não sou de defender de maneira xiitita a comida tradicional, mas prá mim, o fato de estar num lugar e poder comer os sabores e produtos de lá é muito bom. È o vivenciar de maneira mais integral o estar, e nesse sentido acredito que Portugal é lindo!!